Perdi a conta de quantas infinitas versões eu fui nesses 24
anos. Um tanto clichê, eu sei, escrever um texto a cada nova idade. Mas
escrever sempre me ajudou a organizar os pensamentos. A colocar para fora o
tanto que tenho entalado aqui. A perceber o quanto aprendi e o quanto ainda
preciso evoluir.
Tanto mudou ao longo dos anos, dentro e fora de mim. Falo – escrevo – como se tivesse vivido
muito, embora saiba que ainda estou no começo. E, ainda assim, continuo eu.
Continuo a mesma. Com alguns defeitos e falhas a menos, enquanto outros ficaram
mais acentuados. Com alguns tropeços e quedas e drama. Muito drama. Minha
companhia de longa data.
Alguns aprendizados também, alguns conhecimentos a mais,
alguns talentos e habilidades novas que descobri em mim ou quem sabe apenas
estivessem ali, esperando para florescer. Florescer. Como se fôssemos flores,
todos nós, quietas, tímidas, apenas esperando a sua hora, depois de incontáveis
dias quentes, frios e tempestades para -
enfim - desabrochar. Para se mostrar ao mundo e dizer “eu estou aqui”. A minha
história está aqui. A minha vida se entrelaçando a tantas outras. Com raízes
fixas no chão, mas a alma... Ah, a alma voa longe. A alma se vai com os
beija-flores. Querendo ver o mundo, querendo provar tudo.
Tanta coisa mudou, mas ainda assim, depois de tantos anos,
desde quando peguei o primeiro livro para ler – nem lembro qual era, tantas
histórias vivi através deles – até
quando ganhei o primeiro diário as 12 anos, para desabafar tudo aquilo que
entalava por aqui, as palavras permaneceram e permanecem. As palavras se
fizeram presentes em mim, através de mim e, espero, em quem dedica alguns
minutos do seu dia a lê-las.
E eu sei que independente de quantos anos passem, não
importa aonde eu esteja, elas sempre estarão aqui. Alimentando-me. Crescendo
comigo. Me acompanhando a cada nova jornada. E que a gente saiba, lá no fundo,
que todo ponto final, na verdade, indica um novo começo.
SOBRE O LOOKQuando usei o look era metade do outono e sabe aqueles dias friozinhos, mas ensolarados? Então, era um dia desses, domingo para ser específica, que aproveitei para visitar a Vinícola Valduga, no Vale dos Vinhedos e depois o Jardim Leopoldina, junto com meu namorado, minha família e alguns amigos. E como não abro mão de saia no inverno, optei por uma com estampa xadrez tartan, feita por mim, um suéter de modelagem ampla e folgado roubado do guarda roupa da mamis e meia calça fio 40 para ficar com as pernas quentinhas. Nos pés coloquei uma bota de cano curto - modelo ankle boot - da Vizzano e uma bolsa vermelha da Colcci, que comprei na Dafiti. O que acharam? Aliás, me contem o que acham dessa misturinha de post look do dia, com textinho autoral?
Ah, as mudanças... adoro sentí-la em mim, como o vento a causar um pequeno e insano arrepio. Eu gosto de saber que a pessoa que sou hoje não é mais a que era antes. Gosto imenso de olhar no espelho e perceber tudo que vivi-senti. Acho isso maravilhoso e ler-te me fez pensar nas muitas estações que somos.
ResponderExcluirAdorei as fotos e fiquei a imaginar-te em cada ciclo, mudança, parabéns, minha cara. que eles se renovem mais e mais.
bacio
Quantas considerações bonitas sobre a escrita na sua vida! Na minha, as palavras também sempre tiveram papel de relevância, te confesso! Clichês ou não,só nos fazem crescer, refletir e trazer ressignificados. Adorei as fotos que ilustraram seu trabalho também! Seu blog é lindíssimo! Parabéns! Grande beijo com as estimas de sucesso!
ResponderExcluirFaz tanto tempo que não venho aqui! Acho linda a forma como você escreve se expressa. As palavras são importantes para todos nós, mas para algumas pessoas são mais do que pra outras. Eu estou perto do 20 anos e ainda tem tanto coisa que eu planejo dizer, especialmente levando em conta o tanto de tempo que eu fiquei em silêncio.
ResponderExcluirAh, e sua roupa está uma graça. Amo combinar meia-calça em todos os looks *-*